Trabalhos 2024-2025
Upcycling | Biodiversidade com REEE
Escalão 1: jardins de infância e escolas de 1º ciclo
Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental (Setúbal)
Fotografias representativas do trabalho (4 imagens: PNG, JPEG):
Nome e idade do(s) aluno(s):
Alexandre Garcia; Arina Rodrigues; Daniel Cruz; Carolina Machado; Inês Rodrigues; Ivo Afonso; Jennifer Fuzeta; João Marques; Mariana Teixeira; Tomás Mesquita.
Nota: Os alunos que participaram neste desafio tens idades compreendidas entre os 8 e os 15 anos.
Nome da Espécie escolhida:
O polvo-comum (Octopus vulgaris) pode ser encontrado desde as zonas costeiras até profundidades entre os 100 e 150 metros. Em Portugal, é mais frequente no arquipélago dos Açores, ao longo da costa do Algarve e entre Peniche e a península de Tróia, onde encontra condições ideais para se desenvolver.
Motivo da escolha da Espécie:
O nosso trabalho nasceu de um gesto simples, mas poderoso: dar nova vida ao que já não serve. Todos os materiais usados foram recolhidos no Depositrão da escola – um espaço de compromisso com o planeta, alimentado por toda a comunidade educativa. Ali, encontrámos histórias esquecidas: uma picadora de alimentos já sem uso, cabos de telefone emaranhados, botões de um ferro de engomar e até um botão de uma velha parafusadora.
Com criatividade e consciência, transformámo-los em algo novo, útil e simbólico. Mais do que uma construção, esta obra é uma lição viva sobre Economia Circular – onde nada se perde e tudo se transforma. Queremos mostrar que reutilizar é um ato de inteligência e amor pela Terra, e que cada escola pode ser um laboratório de futuro, onde pequenas ações geram grandes mudanças.
Memória Descritiva:
Na Escola de Educação Especial – Centro Sócio-Educativo da APPACDM de Setúbal, vive-se diariamente uma verdadeira cultura ecológica. Acreditamos que a natureza é um bem precioso, um legado a preservar com amor, respeito e ações concretas. Com este espírito, a turma A (Sala 2), composta por alunos com multideficiência e deficiência ligeira com dificuldades de aprendizagem, abraçou com entusiasmo o desafio Geração Depositrão – Upcycling – Biodiversidade com REEE.
A proposta surgiu de forma descontraída e inspiradora, motivada por outro projeto já exposto na escola no âmbito do programa Eco-Escolas: a Eco-Recolha. Curiosos e determinados, os alunos exploraram a página oficial do Eco-Escolas com o apoio das professoras, mergulhando no universo da sustentabilidade, da biodiversidade e da economia circular. Esta fase inicial foi essencial para desenvolver competências em pesquisa e literacia digital.
Seguiu-se uma dinâmica de “mesa-redonda” onde, num ambiente inclusivo e estimulante, as ideias começaram a florescer. Após um criativo brainstorming, surgiu a escolha do polvo-comum, espécie autóctone dos nossos mares e parte integrante da identidade costeira da nossa cidade, Setúbal.
Com o objetivo de criar uma escultura ecológica e artística, a turma dirigiu-se ao depositrão da escola – um verdadeiro símbolo do compromisso ambiental da nossa comunidade educativa. Ali, entre cabos, peças e aparelhos em fim de vida, descobriram os materiais perfeitos para dar corpo ao seu polvo:
- Uma picadora de alimentos avariada,
- Cabos de telefone emaranhados,
- Botões de ferro de engomar,
- E um botão de uma parafusadora.
Cada elemento foi escolhido com intencionalidade e reaproveitado com criatividade. Com o apoio dos professores, os alunos participaram ativamente na construção da escultura, contribuindo com ideias, esforço e entusiasmo. Mais do que uma simples atividade manual, este processo foi uma verdadeira lição de vida – de inclusão, de trabalho em equipa e de valorização do potencial de cada um.
A frase que guiou o projeto, retirada do conceito Recil’Arte HT – “Reaproveitar é transformar o feio em belo, o inútil em útil, o lixo em arte” – ganhou forma nas mãos dos nossos alunos. O resultado foi muito mais do que um polvo feito de resíduos: foi a prova viva de que a educação transforma, de que a arte comunica, e de que a sustentabilidade começa nos pequenos gestos.
A experiência foi partilhada nas redes sociais da escola, permitindo que toda a comunidade testemunhasse o poder da união, da criatividade e da educação ambiental. Este desafio é, sem dúvida, um marco no nosso caminho coletivo rumo a um futuro mais sustentável, justo e inclusivo.
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